A cena seguinte seria numa casa de vidro, rodeada
por imensos pinheiros, aclimatada pelos sopros do sol, refletida por
vastos personagens. Amplos em virtudes e deformidades. Alguns deles
hiperativos e canhotos. Sem contar os rebeldes assimétricos, fora do
padrão... Gorduchos, tatuados, cabelos coloridos, fumantes, adeptos
do sedentarismo, contestadores, desafiadores do sistema. Entre “os
desertores”, os esteticamente irretocáveis, as linhas perfeitas e
as formas em harmonia. Juntos, dão forma à democracia. Não andam
em círculos porque têm objetivos. As metas propostas são
incompatíveis com a perda de tempo. Alinhados aos fundamentos da beleza, protagonizam o espetáculo em formas geométricas.
Sejam retas e decididas, ovais e flexíveis,
arredondadas e atraentes, imperfeitas e naturais, côncavas e
convexas, sinuosas e sedutoras, pontilhadas de intervalos e
interrupções...
Ainda assim, poderão ser simétricas.
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