Do pacto de amor firmado às derrapadas
imperdoáveis das violações.
Os livros que fiquei de ler, as viagens que não
fiz, os vínculos que devo estabelecer, as habilidades que preciso
aperfeiçoar, os equívocos que buscarei reparação.
O tédio das repetições, as armadilhas da venda
que tapa os olhos, as mentiras e omissões, as ilusórias
obediências. Confissões, conveniências, influências.
O sangue escoado das promessas não cumpridas, as
palavras gastas pela raiva, o fogo das munições disparado no ponto vulnerável das fragilidades.
Os juramentos na corda bamba, contorcendo-se para
se ajustarem à verdade. Àquelas prioridades organizadas numa agenda agrupam-se à esperteza dos desejos afoitos. Fatalmente, os apelos instantâneos serão atendidos sem atraso.
O barco ancorado no cais de todas as esperas, está
presa apenas por uma corda frágil, que a qualquer momento poderá
ser rompida.
Baixam-se as armas, erguem-se outras defesas,
novos escudos. Diminui o fôlego, nasce o silêncio.
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