Continuo observando no elemento humano a maior variedade de contrastes (faces, nuances, particularidades, possibilidades). Nada é tão interessante quanto a complexidade humana. É nela que encontro inspiração para respirar e escrever. Entretanto, certos acontecimentos me causam indignação. A simples classificação de humano às vezes soa estranho diante de certas atitudes (covardes, ratifico).
Um homem muito simples, humilde imigrante nordestino; iletrado, mas dono de uma gargalhada de causar inveja, um bom amigo da família. Sempre presente no nosso cotidiano. Com profunda tristeza relatou seu drama e me deixou estarrecido. Depois de perder sua companheira (uma senhora que exalava o bem), foi convidado a se retirar da sua própria casa pelos seus filhos. Quando tentou regressar à sua cidade de origem foi impedido por outro filho que lá fixou residência. Enquanto relatava, lágrimas escapavam como alento aos olhos cansados. É claro que ele pode se valer de argumentações e respaldos jurídicos, mas é tarde demais. Senti que lhe faltam motivação. O sentido parece ter se afastado. A morte, abreviará o seu desgosto.
Ainda assim, como disse Anne Frank, eu acredito na dignidade humana.
...Certamente com esforço.
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