Estou classificado na categoria de humano – cativo às de resoluções do destino.
Ressurgem ferimentos ainda abertos – lesões teimosas e reincidentes, tecidos necrosados. Os meus argumentos parecem pisoteados, descorados e cadavéricos... Golpes imaginários são desferidos e atingem partículas do pó em que me materializei. No hiato dessa lacuna em branco residem os sabores do futuro.
Deveria ser amparado por Deus, mas falando nisso, onde o encontro?
Desconheço quem nunca sorveu o amargo de um dia de cão. Oscilamos momentos de euforia e porções de abatimento. Dias escuros, prenúncio de trovoadas, sol esquivo e entocado nas sombras da sua reserva. Decerto e inevitável o céu a seguir, apresentará novo brilho ao opaco e espesso material de bronze.
Acordo em desacordo, irritado, certezas enviesadas, planos estilhaçados, alegrias distantes.
Otimismo ausente e cores pálidas, justamente nesse dia, envolvem o meu contundente enforcamento.
Lá fora, nuvens escuras simulam um dilúvio. Muitas obesas, fora do peso, mal humoradas e atrapalhadas – esbarram-se umas contra as outras, irritando a atmosfera e provocando a ira dos raios e trovões. Relâmpagos sibilam e cortam o ar em sinal de irritação.
(...) Isso é matéria para daqui a pouco.
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