Anos atrás, ouvi uma declaração que aparentava uma anedota, tal me parecia o surrealismo preconizado pelas afirmações tão hipotéticas.
“No futuro, chegaremos às gôndolas e estarão expostos órgãos, que poderão satisfazer nossas necessidades”.
Hoje, apesar da dimensão extravagante, percebo nuances possíveis.
Quem nunca ouviu relatos de animais que regeneraram órgãos ou do soro antiofídico, desenvolvido a partir do próprio veneno das serpentes? Deus criou o homem e dele mesmo está extraindo sua continuação. Para os agnósticos, proponho nova reflexão.
Compreendo as células-tronco como raízes. As sementes estão sendo arremessadas aos poucos nos sulcos dos milagres. Sem barulho, dessa semeadura, virão as colheitas. Os galhos dessa árvore frondosa despontarão e, numa velocidade vertiginosa, produzirão o inimaginável. Obviamente, um milagre de tal magnitude exigirá tempo.
Ora, que venham as mudanças.
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