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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Revolução das células


 Anos atrás, ouvi uma declaração que aparentava uma anedota, tal me parecia o surrealismo preconizado pelas afirmações tão hipotéticas.

“No futuro, chegaremos às gôndolas e estarão expostos órgãos, que poderão satisfazer nossas necessidades”.

Hoje, apesar da dimensão extravagante, percebo nuances possíveis.

Como hesitar diante do incontestável? Seria como pôr em dúvida, a presença de Deus. O homem sem perceber, está atingindo a máxima evolução, ou sendo desafiado no limite da sua inteligência. Chegará num ponto onde haverá um impasse: Recorrer a Deus será a saída.

Quem nunca ouviu relatos de animais que regeneraram órgãos ou do soro antiofídico, desenvolvido a partir do próprio veneno das serpentes? Deus criou o homem e dele mesmo está extraindo sua continuação. Para os agnósticos, proponho nova reflexão.

Compreendo as células-tronco como raízes. As sementes estão sendo arremessadas aos poucos nos sulcos dos milagres. Sem barulho, dessa semeadura, virão as colheitas. Os galhos dessa árvore frondosa despontarão e, numa velocidade vertiginosa, produzirão o inimaginável. Obviamente, um milagre de tal magnitude exigirá tempo.

Nanotecnologia, espermatozoides produzidos em laboratório – Pobres machos, substituídos por vibradores. A esterilidade masculina perde a força e a mulher ganha a autonomia da escolha. Daqui a alguns anos serão produzidos até cérebros mecânicos. Criaturas totalmente robóticas. Homens de lata, exonerados de emoções,  expressões de plástico. Projetos sem alma e ainda inacabados. A medicina até então preventiva, salta para a medicina regenerativa.

Ora, que venham as mudanças.

                                                                    




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